Ao conjunto de processos intrapsíquicos e sociais que possibilitam ao indivíduo o desenvolvimento de uma vida sadia, ainda que vivendo em um ambiente não sadio, dá-se o nome de resiliência. O processo é resultante da combinação entre os atributos individuais e do ambiente familiar, social e cultural. (ASSIS, PESCE e AVANCI, p.19, 2006)
Assim, a resiliência não pode ser definida como um atributo nem inato nem adquirido ao longo do desenvolvimento. É, antes, um processo interativo entre a pessoa e seu meio; uma resposta individual aos fatores causadores de estresse. Estes podem – e geralmente o são – experienciados de formas diferentes por pessoas diferentes, o que faz com que a resiliência não seja um atributo fixo do indivíduo (Rutter apud Pesce, 2009), é uma sua adaptação, uma (re)ação peculiar aos fatores de risco (RUTTER apud CECCONELO e KOLLER, 2000, p.73).
Enquanto algumas pessoas, expostas a situações de risco, podem desenvolver problemas, outras podem desenvolver formas de superação dessas adversidades, adaptando-se ao contexto. A essa habilidade adaptativa Garmezi (apud CECCONELO e KOLLER, 2000, p.73) dá o nome de resiliência. Ao conseguirem adaptar-se e superar tais situações, essas pessoas manifestam possuir habilidades como a competência social (CECCONELLO apud CECCONELO e KOLLER, 2000, p.73).